"Só pra viver em paz" - Los Hermanos na Concha - eu vi !!!

Neste domingo, 06/05/2012, fui ao show dos Los Hermanos, na Concha Acústica do TCA, com meu noivo e alguns amigos, para o show da turnê comemorativa dos 15 anos de carreira .

Muito esperado pelo público, as duas apresentações tiveram seus ingressos esgotados em questão de horas logo após o início das vendas. Uma das razões para isso, infelizmente, foi a ação dos cambistas, que, de posse de muitas entradas, estavam agindo livremente na porta do TCA. Ao menos era possível comprar pelo preço original, sem ágio. Hahaha, ao menos isso!

A Concha estava lotada, e eu confesso que, como não sou 100% fã, não esperada por isto... doce ilusão! Mas, os Los Hermanos encontraram, como sempre, um público muito fiel e participativo, que cantou junto e animou demais o show durante toda a apresentação. Batendo palmas, cantando em coro e até imitando o som dos instrumentos com a boca, huahuahua! Quando eu não sabia a letra, fica em silêncio e só ouvia a voz do público, de tão ensandecidos que estavam!!! risos

Sem um novo álbum, a banda destilou seus grandes sucessos dos seus quatro discos lançados ao longo de sua carreira. Mesmo sem novidades, foi uma apresentação sensacional, mostrando que uma banda de sucesso sabe que a estrada vai além do que se vê!!! 

Mostrando que vinha para cair nas graças do público, a apresentação deles começou com “O Vencedor”, do disco “Ventura”, álbum que dominou a maior parte do show e teve quase todas as suas músicas executadas, emendada logo a seguir por “Retrato pra Iaiá”, do segundo álbum, “O Bloco do Eu Sozinho”. Depois foi a vez de “Todo carnaval tem seu fim”!

O show seguiu com outras músicas mais consagradas, quando foi possível ouvir a inconfundível introdução de bateria de “Azedume”, e, logo após, “Descoberta”, ambas do primeiro disco do grupo.

Logo após foi a vez do público sacar seus isqueiros, ou melhor, seus celulares para o romantismo de “Sentimental”. Foi apenas um breve descanso, pois logo a seguir veio “A Flor”, que teve uma das maiores participações da noite por parte público. O show seguiu com músicas mais consagradas como “Sétimo andar”, “Cara estranho” e “Último romance”, mesclada com outras menos conhecidas, como “cadê teu suín-?” (Pois é, esta eu não conhecia mesmooooo!)

Teve uma hora que Amarante mostrou uma das músicas de seu trabalho solo, o que gerou comentários interessantes de alguns fãs mais xiitas da banda. Uma pessoa, que já estava indignada pela simples presença de um cantor de axé nos camarotes, afirmou: “- Paguei 60 reais para ver músicas antigas. Se Amarante quisesse que as pessoas viessem ouvir suas músicas não devia ter terminado a banda!”.

E a banda despediu-se do público pela primeira vez ao som de “Conversa de Botas Batidas”, uma das preferidas dos fãs, antes de retornar para o bis de praxe. Que foi de 4 músicas! Um super bis!!! 

Quando o público ainda gritava por “Pierrot”, o grupo retornou para o bis, e, numa grata surpresa, somente com músicas do primeiro álbum. Inclusive Anna Júlia!!! Jurooooooooooooo!

O começo do bis foi com “Tenha dó”, cantada por todos a plenos pulmões. 

Foi aí que veio a música que mais surpreendeu o público, Anna Júlia. Se havia algum tipo de resistência com essa música por parte da banda ou do público, ninguém deixou transparecer: foi tocada e ovacionada por todos. 

E, convenhamos, nada mais justo. Afinal, foi a música que catapultou a carreira da banda e a tornou conhecida do grande público. 

Logo depois, foi a vez de “Quem sabe”, também uma das preferidas do público, e dessa vez sem erros. Explica-se: é que não foi necessário que o público pedisse, como aconteceu no show da segunda-feira de 2010, no qual ela acabou sendo tocada mesmo depois do bis após muita insistência da plateia, quando já se tinha desmontado quase todo o equipamento, num grande improviso da banda, para delírio de quem compareceu naquele dia. 

Por fim, foi feita a vontade do povo e a apresentação foi encerrada com “Pierrot”, também cantada por todos. Houve um tímido coro de parte dos presentes por “Primavera”, mas ficou só na torcida mesmo, pois não houve segundo bis.... peninha!!!

Dá pra dizer que foi um show bem completo, quase sem ausências notáveis do repertório do grupo. Claro que todo fã sempre vai achar que faltou alguma (além da já citada primavera, é possível lembrar de “Paquetá”, “Samba a Dois” ou, para ser mais um pouco mais nostálgico, “Onze Dias” e “Lágrimas Sofridas”), mas não dá para negar que foi um show bem completo e cumpriu seu papel de apresentar um retrato da carreira do grupo!!!

Considerando o que foi visto no show, vale muito a pena para quem não conseguiu comprar seu ingresso de hoje arriscar uma ida até a concha amanhã pra tentar adquirir um com os cambistas - lembrando apenas que o TCA é muito rigoroso com meia-entrada, fazendo a conferência na entrada, pois se a pessoa não traz o comprovante, tem que pagar o valor complementar, sendo que o teatro só aceita pagamentos em dinheiro. Ou até mesmo para quem foi hoje dar uma conferida se amanhã terá haverá alguma novidade no set list.

Agora só resta aguardar pela próxima apresentação da banda... pois, infelizmente, "todo carnaval tem seu fim!!! "

Ah! Tenho que dizer que só se via, em termos de moda, camisas do Bahia!!! hauahuau! Sério! Além disto, rendas, listras, animal print, e muitoooooooooo pulseirismo!!! =)

Bjos.

Adriana Carneiro com participação de Carlos Gomes (fã n. 1 da banda).